quinta-feira, 9 de maio de 2013

Enem 2013: provas serão em 26 e 27 de outubro; inscrições começam dia 13 de maio



O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 já tem data marcada. As provas serão aplicadas nos dias 26 e 27 de outubro. Os detalhes sobre a edição do Enem deste ano foram apresentados ontem (8) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). As inscrições começam dia 13 de maio e seguem até dia 27 de maio e serão feitas pela internet, pelo site do ENEM, que ainda não está no ar, mas ficará hospedado no portal do INEP.

O edital completo do Enem será publicado amanhã (9), no Diário Oficial da União. Assim, como em anos anteriores, estudantes que estejam cursando o 3º ano do ensino médio em escola pública estão isentos do pagamento. Para o restante do público, a taxa é de R$ 35. Para este ano, o MEC espera até 6,1 milhões de inscritos.

Em 2012, 5, 7 milhões de candidatos se inscreveram para o Enem e 4,1 milhões participaram da prova. Desde 2009, o exame passou a ser usado por instituições públicas de ensino superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais. O Enem também é pré-requisito para quem quer participar de programas de acesso ao ensino superior e de financiamento público, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e as bolsas de estudo no exterior do Ciência sem Fronteira.

No ano passado, 101 instituições públicas de educação superior aderiram ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que unifica a oferta de vagas e seleciona os alunos por meio da nota do Enem.

Fonte: www.ebc.com.br
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segunda-feira, 29 de abril de 2013


Fome, sede e vontade de ler




O corpo necessita de combustíveis. Se precisamos de água, temos sede. De comida, temos fome. Nunca paramos de respirar. Por que nos falta uma necessidade de ler? Aliás, não há sequer um nome pra isso. Simplesmente “a necessidade de ler”. Algo como a manutenção da intelectualidade, ou da saúde do cérebro. Ler. Ler como quem mata a sede. Como quem avança sobre um prato de comida. Um copo de água bem gelada e uma Clarice. Uma lasanha e um Machado. Para todos os dias, arroz, feijão e Allan Poe. (...)

Os jovens - ah, sempre os jovens – não conseguem, ou não querem, enxergar o benefício da leitura. Qualquer leitura. E os jovens crescem, ou já cresceram, subletrados. Daí a pergunta: E se houvesse uma necessidade física? Penso que ainda há o que mudar na estrutura humana. Que tal essa dica? Hein? Na falta de uma terminologia melhor, fica a “fome de leitura”, ou a FOMURA.

O menino grita: “Manhêêê, tô com uma fomura danada”. E ela vem correndo com a Ruth Rocha que é pro menino parar de reclamar. O pai, no meio da noite, acorda com o choro do bebê. Dá a mamadeira, troca a fralda e lê o Ziraldo enquanto o neném não consegue sozinho. O casal de namorados vai sair à noite. Jantar, choppinho ou leitura? O rapaz mais afoito sugeriria um João Ubaldo. O divorciado um Nabokov. O mais esperto um Vinícius (sim, elas ainda adoram). E a combinação vinho, massa e Drummond? Irresistível.

O sonho enfim se concretizaria com o obeso-literato. Aquele que, de madrugada, assalta a estante. Acha que não faz mal um  Parnasianismozinho durante as refeições. Vai ao médico, o letricionista, que lhe passa uma dieta a base de romance. Nada muito pesado. Depois das 20 horas, só Sidney Sheldon. Mas cai em tentação e é flagrado com “Crime e Castigo” nas mãos. A família se preocupa. Tornou-se um livrólatra
Só o L.A. (Livrólatras Anônimos) poderá salvá-lo. Nas reuniões com o grupo de viciados em literatura, ele conta sua saga: “Bem, comecei aos 10 anos. Como todo mundo. Fadas, chapéus, narizes que cresciam. Depois eu parti pros livros menores. Mas quando você menos espera, já está devorando um Jorge Amado numa sentada só”. Um “ooh” ecoa na sala. Senhoras comentam entre si. “Tão novinho e tão letrado, né!”
Bibliotecas lotadas. Um silêncio ensurdecedor. Filas enormes para entrarÉ muita gente morrendo de fomura. Consegue uma mesa, pede o menu.

- Por favor, me vê duas Cecílias. E pro menino pode ser um Lobato, que ele adora!!

- Senhor! Nossas Cecílias acabaram.
- O quê? E o que você sugere?
- Nosso Eça é legítimo, senhor! E temos Camões.
- É que os portugueses são caros, né? E meu médico me proibiu Camões durante a semana.
- Algum Andrade?
- Não sei. Não sei. Tô indeciso ainda.

Depois de alguns minutos pensando e testando a paciência do rapaz que lhe servia...
- Ah, vou de Paulo Coelho mesmo que é só pra matar a fomura.

(Fonte: CAMBOTA, Fabiano. Fome, sede e vontade de ler. Texto modificado. Encontrado aqui)

terça-feira, 23 de abril de 2013

Palavra do Diretor


Diretor Carlos Andre
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   Com o propósito de divulgar as atividades desenvolvidas pela EEFM José Correia Lima, estamos lançando o Jornal Informativo José Correia em Ação.
    No decorrer das suas publicações todos poderão acompanhar o modelo de Escola que estamos construindo coletivamente, numa perspectiva de valorização dos diversos segmentos da comunidade escolar em prol do Projeto da Educação de qualidade que tanto se almeja.
   Em 2013, ousamos em implantar novas metodologias como agregar ao Currículo Escolar o Núcleo de Trabalho Pesquisa e Práticas Sociais, um espaço que tem como uma da suas propostas centrais o desenvolvimento do Protagonismo Juvenil, na perspectiva da crescente autonomia, adotando a pesquisa como princípio educativo, estimulando a descoberta e a curiosidade do aluno com vistas à intervenção na realidade social (Família, Escola, Comunidade e Mundo do Trabalho).
  Ancorados neste desafio, temos plena consciência de que somente uma educação baseada em princípios éticos, com limites bem definidos, que se processe através do exemplo, do diálogo e da compreensão, será bem sucedida. Para isto, faz-se necessária a união efetiva entre pais e filhos, Escola e Família, a fim de garantir uma vida com responsabilidade e um futuro de sucesso para nossos alunos.
   Para obtermos este sucesso, contamos com uma equipe qualificada que, ciente da grande missão que é educar, valoriza, vivencia e transmite conceitos sólidos que norteiam a vida dos estudantes.
   Que esta inovação amplie a integração de todos os envolvidos no processo de construção de saberes, ao publicizar o trabalho e a dinâmica da nossa instituição.

A Literatura Por Liduina de Sousa

IJCA - Como surgiu o amor pela leitura?
LiduinaDiria que, primeiro surgiu o “gosto”, não somente pela leitura como também pela literatura em si; um gosto que virou paixão. E tomada por essa paixão, é que me veio o amor. Esse amor surgiu através das respostas que as leituras dão às nossas perguntas, ou que as perguntas provocam incenso às nossas respostas. É na leitura, muitas vezes, que encontramos emoção, consolo, distração, conhecimento sobre o mundo e sobre as pessoas, um amor que chega a nos iluminar moralmente diante da cultura.

IJCA - Como foi a concepção do seu primeiro livro? O que queria falar, como e para quem queria falar?
Professora e Escritora Liduina de Sousa
Liduina Talvez logo no título do meu primeiro livro “Por uma inquietude da minha mente” chegue a ser denunciada a imortalidade da obra, uma concepção propriamente dita. É que, muitas vezes, somos surpreendidos por inquietações que a própria mente desconhece. E, no meu caso particular, há ocasiões em que eu sucumbo a minha voz para dar vez às letras no papel. Nesse livro, por exemplo, eu queria falar de mim e para mim, embora o sentimento da minha inquietude transcendesse outros horizontes. Eu queria entender os percalços da vida, escrevendo. E aí a aproximação com a leitura e com a escrita afortunou o fluir das minhas ideias e a velocidade do distintivo dos meus escritos.
IJCA - Como foi a concepção da sua segunda obra literária?
Liduina – Aí é que me vem a obscuridade das respostas. Penso que, tomada pelas angústias de trabalhar a linguagem dentro da coesão textual ou a coesão textual dentro da linguagem, nas redações escolares, acabei me deparando com os entraves de ambiguidade, eco, tautologia, frases truncadas, incompletude do pensamento lógico, incoesão e incoerência. Foi aí que me veio a ideia de escrever algo a respeito desses desvios da linguagem. Assim o fiz, e surgiu, então, a minha segunda obra literária intitulada: “Coesão textual numa confusão de caso a caos”, pautada na linha da pesquisa e voltada paulatinamente para o contexto escolar.
IJCA- Qual o melhor momento para escrever? Cenário e ambiente contam muito?
Liduina Depende muito do que você vai escrever. Em se tratando da minha pessoa, vejo que há momentos em que a inspiração me vem com maior fluência, quando estou triste, eis a subjetividade das minhas literaturas (o eu lírico fala por mim). Porém, quando preciso engatar os meus escritos na linha da pesquisa ou quando tenho que dar uma resposta ao mundo científico na imperiosa expressão das ideias, eis aí a objetividade nas páginas. O cenário e o ambiente, às vezes contam; outras vezes, atrapalham. Afinal, tudo isso é muito subjetivo, penso.
IJCA - O que lhe inspira a escrever?
LiduinaHá uma gota de inspiração em cada traço da vida (pessoas, natureza e os próprios sentimentos).
IJCA - Sua literatura recebe influência direta de algum autor?

Liduina – Sim, da grande escritora Clarice Lispector. Nas suas Literaturas, ela diz: “Enquanto tiver perguntas e não houver respostas, eu continuarei a escrever”. Assim também o faço, sem esforço e nem sacrifício, porque gosto de estar presente nos pensamentos que me invadem a alma. Inclusive, conversando comigo (em silêncio) digo: mesmo que as pessoas, passando apressadas pela vida, não prestem atenção no que eu escrevo, ainda assim continuo a escrever, com a certeza de que a maior assertiva é valorizar as palavras no papel.

IJCA – Suas considerações finais
Liduina – Agradeço a oportunidade ao Informativo José Correia e fecho minhas palavras, concordando com o cantor e compositor Caetano Veloso, quando diz: “Livros são objetos transcendentes, mas podemos amá-los do amor tátil... e, simplesmente, escrever um; encher de vãs palavras muitas páginas e de mais confusões nas prateleiras. Tenhamos, pois, todos nós o gosto pela leitura e pelos livros.

A professora Isabel Eliane conversa com o IJCA sobre as atividades que serão realizadas entre os dias 23/04 a 24/04/2013 em comemoração ao dia Mundial do Livro.

  Ler  faz bem a saúde

Professora da área de Códigos e Linguagens
A leitura é alicerce para qualquer atividade em uma escola e o livro um instrumento importante na construção do conhecimento. Pensando assim, e considerando o Dia Mundial do Livro, intensificam-se nesse período as atividades sobre leitura na Escola José Correia Lima. Uma programação foi elaborada para que os alunos desenvolvam pesquisas e estudos literários sobre escritores e suas obras, apresentando-as nos dias 23 e 24 de abril para toda a comunidade. De Camões a Padre Vieira, de Cervantes a José Sávio, de Shakespeare a Patativa a leitura é o ponto principal do evento. Orientados pelos professores de línguas (brasileira e estrangeiras), os alunos apresentarão os resultados das atividades através da oralidade, da escrita, da arte, enfim, terão a oportunidade revelar talentos e expressar conhecimentos adquiridos. Além dessas ações, a Escola também presta homenagens a pessoas da comunidade que se destacam por atividades profissionais inerentes à leitura: Cláudio Sousa, Dagoberto Diniz, Dr. Hélio Batista, Irismar Araripe, Liduína de Sousa e Washington Pinheiro. Esperamos que as ações ora desenvolvidas possam estimular os alunos, despertando o desejo de ler e promovendo cultura e cidadania junto à comunidade escolar e convidados.