terça-feira, 23 de abril de 2013

A Literatura Por Liduina de Sousa

IJCA - Como surgiu o amor pela leitura?
LiduinaDiria que, primeiro surgiu o “gosto”, não somente pela leitura como também pela literatura em si; um gosto que virou paixão. E tomada por essa paixão, é que me veio o amor. Esse amor surgiu através das respostas que as leituras dão às nossas perguntas, ou que as perguntas provocam incenso às nossas respostas. É na leitura, muitas vezes, que encontramos emoção, consolo, distração, conhecimento sobre o mundo e sobre as pessoas, um amor que chega a nos iluminar moralmente diante da cultura.

IJCA - Como foi a concepção do seu primeiro livro? O que queria falar, como e para quem queria falar?
Professora e Escritora Liduina de Sousa
Liduina Talvez logo no título do meu primeiro livro “Por uma inquietude da minha mente” chegue a ser denunciada a imortalidade da obra, uma concepção propriamente dita. É que, muitas vezes, somos surpreendidos por inquietações que a própria mente desconhece. E, no meu caso particular, há ocasiões em que eu sucumbo a minha voz para dar vez às letras no papel. Nesse livro, por exemplo, eu queria falar de mim e para mim, embora o sentimento da minha inquietude transcendesse outros horizontes. Eu queria entender os percalços da vida, escrevendo. E aí a aproximação com a leitura e com a escrita afortunou o fluir das minhas ideias e a velocidade do distintivo dos meus escritos.
IJCA - Como foi a concepção da sua segunda obra literária?
Liduina – Aí é que me vem a obscuridade das respostas. Penso que, tomada pelas angústias de trabalhar a linguagem dentro da coesão textual ou a coesão textual dentro da linguagem, nas redações escolares, acabei me deparando com os entraves de ambiguidade, eco, tautologia, frases truncadas, incompletude do pensamento lógico, incoesão e incoerência. Foi aí que me veio a ideia de escrever algo a respeito desses desvios da linguagem. Assim o fiz, e surgiu, então, a minha segunda obra literária intitulada: “Coesão textual numa confusão de caso a caos”, pautada na linha da pesquisa e voltada paulatinamente para o contexto escolar.
IJCA- Qual o melhor momento para escrever? Cenário e ambiente contam muito?
Liduina Depende muito do que você vai escrever. Em se tratando da minha pessoa, vejo que há momentos em que a inspiração me vem com maior fluência, quando estou triste, eis a subjetividade das minhas literaturas (o eu lírico fala por mim). Porém, quando preciso engatar os meus escritos na linha da pesquisa ou quando tenho que dar uma resposta ao mundo científico na imperiosa expressão das ideias, eis aí a objetividade nas páginas. O cenário e o ambiente, às vezes contam; outras vezes, atrapalham. Afinal, tudo isso é muito subjetivo, penso.
IJCA - O que lhe inspira a escrever?
LiduinaHá uma gota de inspiração em cada traço da vida (pessoas, natureza e os próprios sentimentos).
IJCA - Sua literatura recebe influência direta de algum autor?

Liduina – Sim, da grande escritora Clarice Lispector. Nas suas Literaturas, ela diz: “Enquanto tiver perguntas e não houver respostas, eu continuarei a escrever”. Assim também o faço, sem esforço e nem sacrifício, porque gosto de estar presente nos pensamentos que me invadem a alma. Inclusive, conversando comigo (em silêncio) digo: mesmo que as pessoas, passando apressadas pela vida, não prestem atenção no que eu escrevo, ainda assim continuo a escrever, com a certeza de que a maior assertiva é valorizar as palavras no papel.

IJCA – Suas considerações finais
Liduina – Agradeço a oportunidade ao Informativo José Correia e fecho minhas palavras, concordando com o cantor e compositor Caetano Veloso, quando diz: “Livros são objetos transcendentes, mas podemos amá-los do amor tátil... e, simplesmente, escrever um; encher de vãs palavras muitas páginas e de mais confusões nas prateleiras. Tenhamos, pois, todos nós o gosto pela leitura e pelos livros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário